A Associação Portuguesa de Telemedicina (APT) em colaboração com duas médicas investigadoras lança estudo sobre a utilização da teleconsulta no SNS, durante o período da pandemia COVID-19. O objetivo é analisar a opinião de médicos e utentes e averiguar a viabilidade da teleconsulta como alternativa regular à consulta presencial após a pandemia. Este estudo conta com o apoio da Ordem dos Médicos.

Coimbra, 28 de Junho de 2020

Teleconsulta: uma realidade duradoura no Serviço Nacional de Saúde?

A pandemia COVID-19 desafiou a conceção tradicional de consulta, fazendo com que a teleconsulta ou consulta não presencial fossem utilizadas pela primeira vez de forma disseminada no Serviço Nacional de Saúde (SNS) de modo a que os cuidados de saúde fossem assegurados aos utentes.

Colocaram-se vários desafios, visto que na maioria das instituições a teleconsulta não era uma atividade usual e organizada, não existindo, portanto, instalações, plataformas ou tecnologias próprias, nem uma experiência prática por parte da maioria dos médicos, enfermeiros e outros profissionais que asseguram apoio técnico. Esta atividade partiu, na maioria dos casos, de um esforço individual, criativo e algo experimental de todos os intervenientes, utilizando da melhor forma os meios existentes.

Importa agora analisar a experiência dos médicos e dos utentes na utilização da teleconsulta, durante a pandemia, e identificar os benefícios que esta prática apresenta para o utente, para o médico e para o SNS. Importa também avaliar a sua viabilidade como complemento ou alternativa regular à consulta presencial de forma a reforçar a capacidade de prestação de cuidados de saúde, diminuir as desigualdades no acesso, fomentar uma melhor racionalização dos recursos disponíveis, tendo como objetivo melhorar a eficácia, a eficiência e a qualidade do SNS.

A APT – Associação Portuguesa de Telemedicina, dedicada à promoção da telemedicina e de serviços de e-Health, em colaboração com duas médicas investigadoras do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Catarina O’Neill e Margarida V. Matias, está assim a desenvolver um estudo para avaliar a atividade de teleconsulta durante e após a pandemia. A primeira fase do estudo consiste num questionário dirigido a todos os médicos do SNS com o objetivo de analisar a sua experiência e opinião sobre a utilização de teleconsulta/consulta não presencial.

O estudo conta com o apoio da Ordem dos Médicos, através da qual é emitido o endereço electrónico de acesso ao questionário para os médicos responderem.

O estudo decorrerá durante três meses, período após o qual serão divulgadas as respetivas conclusões.

Para esclarecer qualquer questão acerca do estudo poderá contactar as investigadoras através do e-mail estudoteleconsulta-apt@sapo.pt.